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AZIMUTE.25.ACTIVIDADE
 
Ribeira da Isna 07 Março 2007
 
Azimute25, Ribeira da Isna, 07 Março 2007
 
    

RECONHECIMENTO:

A Ribeira da Isna sempre me fascinou, ora pela imponência, ora pela beleza. Sempre que ia pagaiar com os meus amigos para os lados de Fernandaires, - ao sairmos desta localidade assim que entramos no braço ruma-se à direita ... -, sentia uma forte atracção pela zona do "braço do Trísio", i.e., a parte Final da Ribeira da Isna que ficou alagada pela Barragem do Castelo do Bode. Por várias vezes com o Fausto ou o Rui por ali pagaiámos e sempre me apeteceu parar ali, no fim da influência da albufeira e subir a pé até me cansar, até me apetecer e o corpo clamar por descanso. Afim de efectuar o reconhecimento da Ribeira da Isna, muni-me de um máquina fotográfica digital e saí de Abrantes numa sexta-feira algo cinzenta. Pelo caminho passei no Sardoal para cavaquear um pouco com o Rui, também para planear e informá-lo do que tencionava fazer.

Por volta das onze horas e quarenta comecei enfim a minha caminhada ribeira abaixo. Depois de parar o carro junto ao açude que ladeia a estrada que liga Vila de Rei à Vila da Sertã, passei a pé para o paredão do açude. Ali, depois de tirar algumas fotografias verifiquei quais as condições para uma largada do próprio açude, i.e., sair da pequena albufeira e largar pelo canal que conduz a descarga de emergência. Na certificação de uma segunda hipótese ainda me desloquei um pouco por ambas as margens para escolher a melhor. Findo este  reconhecimento de toda a zona que fica perto do açude desloquei-me para jusante pela margem esquerda. O último verão extremamente quente fez estragos e os fogos deixaram a floresta despida de vegetação, sobrando apenas os troncos carbonizados e retorcidos pelas chamas. O mal de uns é o bem de outros, sempre assim foi e há-de continuar a ser; por isso embora surpreso agradecia agora, a falta do mato e da folhagem que não me iriam dificultar a progressão nem esconder a paisagem.

Logo abaixo, no primeiro Km após o açude, existe uma "garganta muito empedrada" (perto de umas ruínas - as Azenhas do Charco), i.e., a ribeira alarga um pouco, mas pelo meio "milhares de pequenos rápidos" povoam esta garganta podendo tornar-se autênticas ratoeiras para a progressão na água. De máquina em punho dediquei algum tempo a estes 1000 metros de água mais mexida. Não iria ser fácil passar aqui, já que o grau de conhecimentos daqueles que eu e o Alexandre  iríamos conduzir não era de todo elevado em águas bravas. Depois de analisada esta parte do percurso, não fiquei mais tranquilo, já que as minhas suspeitas confirmaram-se, pensei para comigo que iríamos tentar na mesma, ... ela não seria assim tão difícil se antecipadamente e todos em conjunto, montássemos um esquema de segurança.

Finda a observação um pouco mais cuidada destes primeiros metros, continuei a deslocar-me para jusante, até chegar a um local onde existe uma ponte pedestre muito estreita - Ponte do Charco foto 22. Aqui a ribeira contêm outro açude, todo ele feito em pedra. Não muito alto este seria um bom local de diversão para todos, só que logo a seguir a este açude, a ribeira é toda ela como que sugada para dentro de duas pedras. O seu caudal ao ser "apertado" desta maneira abrupta, aumenta um pouco a velocidade, mas o mais complicado é a existência de um pedregulho logo mais à frente e a configuração em s que este toma, para logo depois passar por debaixo da referida ponte (foto 11, 16).

Depois da ponte as águas acalmam um pouco, mas por poucos metros, pois um outro pequeníssimo açude, que mais parece um pequeno amontoado de pedras, logo as obriga a galgá-lo. Aqui o leito da ribeira também alarga um pouco, mas as inúmeras árvores  e  silvados, obrigam a água a passar toda à esquerda, ... precipitando-se esta pelo vale fora, ... (Várzea Lousa à esquerda e Cerrado do Linhal à direita).

Não continuei mais o reconhecimento, a hora já ia adiantada e ainda tinha outras coisas a fazer. Esta primeira visão do local, já me dava uma ideia do que iríamos encontrar pela frente. Eu e o Alexandre teríamos que redobrar a segurança no dia em que viéssemos, afim de que tudo corresse pelo melhor.  Regressei então pela margem oposta para usufruir de outro ângulo, obter uma percepção diferente deste curso de água.

 

JLaia
07 Março 2007

 

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