TEMPO
Início: 09:00H (Abrantes) / 10:56H (Termas
da Foz da Sertã -
embarcações na água)
Percurso na Água: 03:03:16H
Tempo Total Actividade: 08:00H (17:30H chegada a
Abrantes)
DS
RIO
ZÊZERE
(Barragem do Castelo de Bode) – Ribeira da Sertã
13,01 Km (medição: garmin forerunner 305
- GPS), i.v.
DESCRIÇÃO:
Foz da Sertã; Barragem do Castelo de
Bode. O local por vezes torna-se paradisíaco. Desde há muito tempo que
tenho o hábito de por vezes vir para este local dar umas pagaiadas; quer
a nível de competição como com os meus amigos numa postura de canoagem
de lazer. Há dias convidei o Helder Silvano e viemos para estes lados
numa atitude de voltar a “reconhecer” o local, a fim de programarmos
mais uma actividade do Azimute.25.
O Helder
não conhecia o local, ou melhor só se lembrava de cá vir ainda em miúdo,
ainda com o hotel e as termas em funcionamento e isto já lá vão p'ra 'i
uns quarenta anos.
Saímos de
Abrantes e deslocámo-nos para a localidade de Palhais, onde viraríamos
para Cernache do Bom Jardim e consequentemente chegaríamos às termas.
Quando chegamos logo as recordações assomem à mente. O Helder nas suas
memórias de infância, descobre caminhos quase imaginários pelas margens,
uma vez que alguns estão já bastante obstruídos pelo mato que reina
agora nesta paisagem quase “inóspita”. Eu com outro tipo de memória
acabo por chamá-lo e juntos exploramos a margem e o edifício abandonado
e bastante sujo (muito lixo abandonado pelos “veraneantes” de ocasião).
22 de
Dezembro de 2012, levanto-me bastante cedo, sinto-me algo “excitado”
pela actividade que vamos realizar. A Francisca está cá, são as férias
de natal, também regressou de estágio em Montemor-o-velho há dois dias.
Convido-a para vir connosco, para relaxar um pouco dos seus bi-treinos
diários. Embora “canoando” seria hoje diferente para ela e para nós, não
é todos os dias que se tem uma guarda de honra desta categoria. Aceitou
e vou carregar os dois kayaks de mar monolugares (K1-Tsunami da Sipre).
Pelas 09:0H, encontramo-nos com o resto do grupo que já com alguma
impaciência está há nossa espera, estamos atrasados, uns minutos.
A viagem
decorre sem incidentes e de uma forma rápida até à Ponte do Cavalo que
liga Palhais a Cernache do Bonjardim. Aqui na Ponte paramos para
desentorpecer um pouco as pernas e fazermos uma caixa de geocaching,
também o kayak do Manuel João se soltou um pouco e nota-se a mexer
nalgumas curvas. O Helder Correia logo se prontifica para ajudar. Também
aproveito para informar os meus colegas que este seria o local de
retorno da actividade na água. Tiram-se uma fotos e lá continuamos.
Pelas 10:30H chegamos ao local da nossa actividade. O dia está lindo,
salvo seja que está nublado e também a temperatura está um pouco baixa,
mas estes são os melhores dias para remar, uma vez que a completa
ausência de vento, torna estas paisagens completamente lisas no que diz
respeito às condições do desempenho da água. Adoro, adoro quando posso
pagaiar alheando-me completamente dos abanos constantes causados pelo
vento e consequentemente pela ondulação, adoro quando não tenho que
procurar rumos a fim de me defender um pouco dos “movimentos da água”.
Depois de
uma certa ambientação para alguns do local e de pois de um breve
“briefing” sobre a actividade, cada um prepara a sua “palamenta” e
avança para as águas da albufeira. Ajudo a Francisca nalguns aspectos da
afinação da embarcação e partimos “embrulhados” com o resto da malta.
Nos
primeiros metros, a alegria é geral e sucedem-se os piropos de uns e
outros. Passamos por algumas “armadilhas” de lagostins, curiosos, o Rui
levanta uma delas e ele e a Francisca ficam ver a enorme quantidade de
lagostins já apresados. Algum tempo depois avançamos e saímos do braço
principal para entrarmos definitivamente no da ribeira da Sertã. Aqui e
enquanto o grupo avança eu e a Francisca ficamos a configurar o seu gps,
que teima ela também poderá aparecer em modo gráfico. Passado algum
tempo, lá conseguimos o seu intento e recomeçamos a pagaiar. Os outros,
devagar devegarinho lá foram andando e deram-nos para aí uns bons mil
metros de avanço. A "Kika" coloca uma ramada pausada aí com uma cadência
de 70/80 pagaiadas por min, para mim este andamento está óptimo, e
coloco-me na sua onda com a máquina de vídeo ligada. É ela que me "reboca"
e sinto-me como peixe na água gastando pouca energia, mas tendo todo o
cuidado em não interferir no seu desempenho. Mesmo assim uma ou duas
vezes distraio-me e o seu olhar é revelador, acabando por aumentar o
ritmo e deixar-me para trás. Pouco tempo depois juntamo-nos ao resto do
grupo que havia parado para "investigar" uma enorme "afloração" de
pedras brancas que aparecia praticamente no meio do braço e assim sem
quê nem para quê naquela imensidão de água...
JLaia
22 Dezembro 2012
|