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AZIMUTE.25.ACTIVIDADE
 
Fernandaires 10 Novembro 2012
 
Azimute25_Fernandaires_Descricao
 
    
TEMPO
Início: 09:00H (Abrantes) / 10:29H (Fernandaires - embarcações na água)
Percurso na Água: 02:38:28H
Tempo Total Actividade: 08:00H (17:00H chegada a Abrantes)
                        
DS
RIO ZÊZERE (Barragem do Castelo de Bode) – Ribeira da Isna
10,94 Km (medição: garmin forerunner 305 - GPS), i.v.
                         

DESCRIÇÃO:

Fernandaires, uma pitoresca aldeia do concelho de Vila de Rei, foi o ponto de partida para mais uma actividade do grupo. Alguns tinham saudades do local de outras aventuras já e especialmente para mim este local diz-me muito, pois gostava de vir apara cá remar com o Fausto, aquele que foi o meu grande companheiro de muitos anos não só meu, mas também da Francisca e de outros, mas que pela infalível lei da vida já nos deixou. Aqui a paz, o sossego são reis e pode-se treinar, arranjar concentração suficiente para que as “coisas” rendam ao máximo. Lancei o mote e este foi aceite.

Três dias antes, mais propriamente na terça-feira, convidei o Lino para fazer um reconhecimento de toda a zona. Há algum tempo que não vou para estas bandas e há sempre pequenos pormenores que nos podem escapar já que as coisas na natureza não são imutáveis e a actividade humana, também essa não pára muitas vezes com os aspectos negativos que todos sabemos. Há sempre uma árvore que cai, há sempre um acesso que é renovado ou que deixa de existir. Sendo assim partimos logo de manhã cedo começámos o reconhecimento terrestre. Abordámos a zona pela Zaboeira, pequena aldeia que fica também na margem da albufeira de Castelo do Bode, local onde pensava almoçarmos no final de tudo. Seguimos pela estreita estrada “militar” que circunda a barragem, passando pelo cruzamento de Alcamim e pelo da Seada. Perto deste cruzamento paramos e vamos ver a “vista” para a barragem, simplesmente espectacular a paisagem que se desenrola a nossos olhos. Água, restos de nevoeiro que ainda perdura nesta manhã meia fria de Novembro e um verde de árvores que encanta qualquer mente. Poucos quilómetros mais à frente vamos dar a Fernandaires e vemos as condições de acesso que são muito boas. Dali avançamos agora para Palhais passando por Vilar do Ruivo a fim de irmos ao final do percurso que nos iremos propor a percorrer no sábado. Depois de Vilar do Ruivo, atravessamos a ribeira da Isna na Ponte de Palhais e vamos até ao Trísio dando a volta completa pelo Centro Náutico do Zêzere, regressando depois para parar o carro e ir a pé até ao local onde a ribeira da Isna desemboca na Albufeira do Castelo de Bode... um caminho antigo de carro de bois e em terra batida, cerca de 2 km para cada lado. Ao chegarmos logo antevemos que no sábado não poderíamos de maneira alguma chegar de barco a este local. Devido a uma curva na ribeira não conseguíamos ver até aonde chegava a água da barragem, no sábado logo se veria.

… sábado 1 Novembro 2012, pelas 09:00H fazemos o ponto de encontro em Abrantes. Logo à partida sabíamos que havia 2 ou três desistentes, mas o resto do grupo estava motivado, apesar de o dia prometer chuva. Chuva essa que nos acompanhou fortemente até Vila de Rei, onde começaram a ser apenas uns aguaceiros espaçados embora por uma ou duas vezes a tornarem-se um pouco mais fortes. No cruzamento da Fundada (Vila de Rei / Sertã), viramos para Vilar do Ruivo, chegando a Fernandaires ainda bastante cedo. A manhã estava espectacular, as “cores da chuva” nestes momentos deixam-me algo ansioso e cheio de “genica”, sempre com as ideias a fervilhar de “imaginação”. Estacionamos as viaturas e começamos a preparar o “material”. Pelo meio ouvem-se “piropos”, mas a moral está alta. Alguns de nós é a primeira vez que remamos juntos e um pouco antes de começarmos a remar "espiolhamos" os kayaks de uns e de outros.

Todos kayaks de mar, um Oceano, 3 Big Sea I e dois Tsunami K1, com respectivos saiotes de neoperene. A Frota está pronta e lá partimos em direcção ao final do braço da Ribeira da Isna, i.e., remaríamos até onde desse o nível da água. O objectivo como disse atrás era chegar mesmo à Ponte da Atalaia, mas isso parecia-me se difícil. Logo à partida as máquinas fotográficas foram testadas nesta paisagem cheia de verdes e estranhamente transparente. Por vezes ouvia-se um ou outro comentário de “pasmo” pela beleza e pelo intenso reflexo que a água fazia uma vez que o vento, esse estava completamente ausente. O grupo segue agora bastante longo e espaçado, parece que cada um quer interiorizar o momento, absorver a quietude destas “gargantas”. De quando em vez um ou outro pássaro cruza o ar e as garças essas mais calmas esperam que as embarcações cheguem bem de perto para depois e em voo rasante levantarem voo, não confiando nestes visitantes de ocasião... As margens estão agora cada vez mais escarpadas e o leito está também cada vez mais estreito, já se nota ainda que ligeira alguma corrente, sinal de que a transição da albufeira para a ribeira está perto. De facto passados pouco mais do que uns 300 a 400 metros na verdade começamos a sentir a corrente que agora se tornou mais forte e temos que pagaiar devagar e com muito cuidado por entre as pedras que entretanto vão aflorando. A maior parte do grupo optou por encostar á margem logo aqui neste local, eu e o Rui ainda nos aventuramos mais um pouco, mas as embarcações embora com leme e apesar de tentarmos direccionar também com as pagaias, tornam-se demasiado grandes para esta corrente. Também optamos por parar e para isso voltamos para trás um pouco em marcha à ré, uma vez que já não havia espaço para darmos a volta... uma breve pausa para descansar, reabastecer de alimento o corpo e explorar a pé mais um pouco estas “pedras”. Decididamente não iríamos conseguir ir até à ponte, uma vez que caminhar neste solo era difícil, sendo assim subimos apenas um pouco o leito apenas para desentorpecer. Nestes momentos, “lúdicos”, aproveitados à maneira de cada um tiramos ainda umas quantas fotos e entretemo-nos a presumir alguns restos de construções de pedras: açude, socalco de agricultura? As pedras estão escorregadias e numa delas dou um valente “tralho” indo de encontro ao Zé Carlos, mas nada de especial, fiquei quase todo dentro de água e esta, está bastante fria o que me solta meia dúzia de “palavrões”. Passado algum tempo encetamos o caminho de regresso, agora, o pessoal está ainda mais bem-disposto e o Rui encontrou uma velha sombrinha amarela e a situação teve até direito a alguma teatralidade que encheu de risos este estreito labirinto do rio.

Agora que já estamos no retorno, cada um está mais afoito e isola-se por vezes um pouco mais, eu opto por pagaiar na cavaqueira ao pé do Oceano do Manuel Paulo, a fim de colocarmos a conversa em dia. Dois pequenos braços se destacam na margem esquerda, no primeiro o Zé escapuliu-se e nunca mais aparecia e fui lá à sua procura. Quando cheguei ao pé dele estava parado a observar, como que a meditar, até me deu pena interrompe-lo. Quando me viu chamou-me e ficámos a tagarelar um pouco sobre as cores da água e das árvores que neste outono já “entrado” adoptavam mil e um tons de todas as cores.

Quando regressamos ao grupo, já este estava no outro braço, mais longo e juntamo-nos a eles, progredindo também até ao final deste.

Daqui até ao local onde as viaturas estavam paradas foi tudo mais ou menos rápido, o Zé Carlos ainda prolongou mais um pouco a sua remadela na água continuando um pouco em direcção ao Trísio mas logo apareceu quando alguns já quase vestidos com roupas quentes comentavam que aqui por perto existia uma caixa de Geocaching. Cerca de um bom par de minutos depois lá vamos nós em direcção ao “monte de pedras” para procurar a respectiva caixa. O Herlander trazia um a folha com as respectivas coordenadas e o Rui trazia os dados inseridos no GPS e foi mais ou menos fácil dar com ela, não sem antes admirarmos a paisagem que deste local é verdadeiramente espectacular. Foi neste local que demos azo a tudo o que nos ia na alma neste dia, de alguma chuva mas de temperatura até bastante agradável,... eram gritos, imitações do Cristo Rei, etc., pena é que dois elementos do grupo tenham vertigens e não puderam saborear toda esta adrenalina de perto, ficando um pouco mais longe a ver estes “...” a saltar que nem cabras por cima das rochas. Já passava das duas e meia da tarde as barrigas pediam outro sustento que não o da paisagem e lá fomos em direcção à Zaboeira pa uns maranhos e uns achigãs grelhados ou fritos. Durante este almoço tardio a conversa foi intensa e recordaram-se outras actividades, ficando a promessa de voltarmos e se possível com mais gente.

 

JLaia
10 Novembro 2012

 

 

 

 

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